Claudia Raia diz não ter muito o que comemorar neste aniversário - a atriz completa 44 anos de idade nesta quinta, 23 de dezembro. No entanto, o ano de 2010 terá um significado diferente para a atriz, que se separou em julho de Edson Celulari, após 17 anos de casamento. “Aniversário chegando me lembra inferno astral passando. Foi um ano tão atípico na minha vida, que eu estou fazendo a linha Mangueira, sabe? “Me leva que eu vou”. Não é um momento para grandes comemorações, mas acho que é um momento de transformação. Então, talvez eu esteja comemorando uma transformação, mais do que alguma outra coisa”, comenta, em entrevista ao UOL.
"Eu sou uma pessoa festeira, tenho o chip da alegria, mesmo nos momentos diferentes", admite Claudia, que pode festejar também o sucesso da personagem Jaqueline, de "Ti Ti Ti", a quem define como ‘uma mulher tarja preta’. “Ela é muito carente, vem de uma estrutura muito solitária. É uma mulher tarja preta, péssima mãe, mas é adorada pelo público. Vai entender...”, brinca.
Por conta da intensidade da personagem, Claudia não tem tido tempo literalmente para nada. Mas, nem isso incomoda a atriz. “Está muito puxado. Porque quando eu chego em casa, tenho que decorar e que me exercitar. Não estou tendo mais tempo de nada. Eu gravo sem parar. Ela é uma personagem que anda muito. Ela está em todos os lugares, em todos os cenários. Achei que a freira ia me dar uns dez capítulos em um lugar só, mas não rolou. Mas, eu adoro, porque é um exercício de interpretação maravilhoso”, afirma.
Nos próximos capítulos, Jaqueline deixa o hábito que vem usando para se casar. A ‘vítima’ é o sobrinho de Dona Soledad (Berta Loran), que será vivido por Armando Babaioff. Mas, até o casamento é fake. “la faz um acordo com ele, que na verdade, é gay. Entra na novela para fazer par com o Julinho. Eles tem um amor de companheiros, não de marido e mulher. Ele vem para são Paulo com ela, fazer a grande vingança dela, que isso eu não posso contar”, completa.
Mas, uma coisa é certa. Depois do ‘valeu’, do diretor, as tristezas e a alegria excessiva da personagem ficam no estúdio. “Não dá pra levar, né? É tudo de mentirinha. Saiu do estúdio, acabou. É claro, quando você sai do estúdio, tem um cansaço, porque fisicamente, você solta lágrima, o coração bate, todas as coisas físicas acontecem com a emoção de um personagem. Então, fisicamente, você fica casada, desgastada emocionalmente quando tem muita cena dramática junto. Agora, eu fico tão cansada quanto nas cenas de comédia, porque eu tenho que estar muito atenta. É muito preciso, o tempo é muito certo. E não pode errar”, explica.
Fonte: UOL