Ela nasceu predestinada para a vida artística. Com 10 anos já era manequim do falecido costureiro Clodovil.
Com 13 anos ganhou uma bolsa de estudos para estudar ballet nos Estados Unidos e se apresentou na terra de Tio Sam e na Argentina.
Iniciou a carreira no Brasil em 1983, no espetáculo “Chorus Line”.
Dois anos depois, estréia no teatro com a peça de Gerard Lauzier, “Gatão de estimação”, direção de Cecil Thiré.
O produtor do espetáculo, meu amigo Pedro Carlos Rovai, diretor de cinema, resolveu fazer uma incursão no teatro e pediu minha ajuda para realizar uma temporada da peça no Teatro Hilton, situado no hotel do qual eu era diretor de relações públicas.
Tivemos um almoço com o gerente geral do hotel, Peter Schaepe, Pedro Rovai, Claudia Raia, eu e Sarinha, minha esposa e companheira de trabalho. Fiquei conhecendo pessoalmente Claudia Raia, com quem bati longos papos e descobri a grande figura humana que ela é.
A peça fez boa temporada e Claudia colaborou intensamente na parte de divulgação e promoção do espetáculo, aparecendo na mídia, dando entrevistas na televisão e circulando socialmente por São Paulo para falar do “Gatão de estimação”.
Levamos Claudia ao Playcenter, que estava na crista da onda com a exibição da baleia Orça, um gigante marinho que fazia um show espetacular, vindo diretamente do Seaquarium, de Miami.
Claudia sentou na beira de piscina armada no parque e quando a imensa baleia se aproximou, passou o mão no seu focinho e tascou um beijo no animal para alegria dos paparazzi que a acompanharam.
A moça tinha coragem. Coragem que demonstra agora com um programa de divulgação do teatro musical, com o espetáculo “De pernas pro ar”, que está correndo todo o Brasil. Coragem de deixar seu marido Edson Celulari e os filhos Enzo e Sophia em casa, enquanto rala nos palcos das principais capitais brasileiras
Em sua rápida passagem por São Paulo, com duas semanas de apresentações no palco do Teatro Bradesco, do Shopping Bourdon, Claudia Raia mostrou que – se no palco – está de pernas pro ar, como empresária e mulher de negócios está com os pés no chão.
Claudia Raia sai das capas de Playboy, para entrar nas páginas de cadernos de economia dos jornais e revistas, como empresária e empreendedora.
“Quero levar o teatro musica para o povo, o povo que não está acostumado a ir ao teatro”, confessa num workshop realizado às cinco da tarde de uma quarta-feira no Teatro Bradesco.
Claudia Raia, volte a São Paulo, faça seu espetáculo em praça pública, leve o musical para o povo, mas por favor, faça um temporada mais longa para que todos possam vê-la e aplaudi-la (como V. merece) por sua performance no palco.
mkus@uol.com.br
Texto de Maurício Kus
Fonte:Coluna de Maurício Kus.
Adaptação Blog Atriz Claudia Raia