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20 de janeiro de 2013

Entrevista de Claudia Raia para Bruno Astuto


Com a personagem Lívia da novela Salve Jorge, Claudia Raia se viu com um abacaxi daqueles nas mãos: herdar de Adriana Esteves e sua inesquecível Carminha o posto de vilã do horário nobre. Experiente, a atriz evita comparações e soube trilhar seu próprio caminho. “Acho normal compararem, mas não deixo isso influenciar em meu trabalho”, diz ela, que acaba de reestrear o musical Cabaret. Por causa da correria das gravações no Rio e as apresentações da peça, em São Paulo, Raia teve um princípio de pneumonia. Mas já está bem e de volta ao batente.


Está sendo difícil herdar de Adriana Esteves o posto de vilã do horário nobre?
– Não enxergo dessa forma. Até porque são duas vilãs completamente diferentes: Carminha era passional, para fora. Lívia é cerebral e fria. Imagina se eu fosse gravar com esse peso das comparações? Ainda mais depois do trabalho primoroso da Adriana e o sucesso de Avenida Brasil.

Além da novela, você acaba de reestrear o musical Cabaret. Como dá conta de tudo?
– Parece que estou com 90 anos. Estou exausta. Além de atuar em Cabaret também produzo o espetáculo, então a responsabilidade aumenta. Sem contar que não posso deixar de fazer aula de canto e aula de dança. Tem também minha casa, meus filhos, o dever de casa das crianças… É uma loucura. Recentemente tive um princípio de pneumonia, fiquei dois dias sem gravar e me assustei muito. Mas já estou bem.

Como é dividir o palco com seu namorado, Jarbas Homem de Mello?
– É uma delícia. Ele é muito disciplinado, assim como eu. Fazemos aulas juntos antes de entrar em cena e gostamos das mesmas coisas. Como estou sem tempo, aproveitamos para namorar um pouquinho nas coxias do teatro (risos).

Vocês pensam em casar e ter filhos?
– Sempre fui de planejar tudo, mas, pela primeira vez, estou dando uma de Zeca Pagodinho e deixando a vida me levar. Quanto a ter filhos, sempre quis ter três. Mas já estou com 46 anos e não descarto a possibilidade de adotar. Embora essa ideia nunca tenha me passado antes pela cabeça, agora tenho considerado.