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21 de janeiro de 2013

Claudia Raia fala da morte de Jéssica: ‘Chegou a hora de Lívia botar a mão na massa’

Dez para as dez da noite, Claudia Raia retorna a ligação para falar da cena em que sua personagem mata Jéssica (Carolina Dieckmann), em "Salve Jorge". A atriz tentou falar com a reportagem antes da gravação da sequência. Ligou às 9h30m do mesmo dia, mas para nossa sorte a entrevista só aconteceu à noite, no calor dos acontecimentos.

— Quando acabou estávamos todos emocionados. Teve muito abraço e choro. Eu dei uma flor de presente para ela, com uma declaração de amor — comentou Claudia, que como boa parte do público também não queria Jéssica fora da novela: — Eu lamento muitíssimo a saída da Carol. Ela atuou muito bem, mas havia um movimento em torno da morte dela.

Por isso, Claudia sabe que esse momento será crucial para o crescimento da vilã e para a trama deslanchar.
— É assim mesmo, depois de três meses é que as novelas pegam. E a Lívia foi acontecendo devagar, sorrateiramente. Foi uma estratégia da Gloria (Perez, autora) blindar tanto a personagem. Essas traficantes não aparecem, ninguém tem acesso a elas. Por, isso, a Lívia ficou um pouco escondida, engessada no início. Mas trata-se de uma obra de ficção, se a vilã não aparece não tem história. Agora, eu vou ter mais ação! Chegou a hora de a Lívia botar a mão na massa. Ela estava precisando desse momento — reflete.
Injecção causa choque

Não será a primeira fez que Claudia "mata" na TV. Em "Torre de Babel" (1998), ela assassinou vários.
— Mas matar dando uma injeção é muito violento. Num golpe só ela enfia a agulha no pescoço da menina e acabou. E a morte da Jéssica é inspirada num fato real, uma traficada morreu assim — diz a atriz, que explicou aos filhos detalhes da cena: — A Sophia (de 9 anos) quer ser atriz, é uma loucurinha. Queria ver a seringa, vir à gravação, e eu não deixei. O Enzo (de 15 anos) fica horrorizado, me pergunta como sou capaz de fazer aquilo!


O instinto maternal dela também fala alto quando Lívia "trafica" bebês.
— Eu fico amiga deles. E numa cena eu dizia para a vendedora "esse passou do ponto (da idade)", o tratava como mercadoria, e ele me olhava inocente. Quando acabou a gravação, o peguei no colo e disse: "Desculpa, bebê. É tudo mentirinha!".

Beija-Flor de coração

Mesmo dividindo-se entre as gravações de "Salve Jorge", no Rio, e as sessões de quinta-feira a domingo, em São Paulo, do musical "Cabaret", Claudia Raia achou um espaço na agenda para manter a tradição de desfilar na Beija-Flor no carnaval.

— Minha relação com a escolha completa 30 anos em 2013. Tenho também uma relação muito forte com a comunidade de Nilópolis. E eu não poderia ficar de fora, recusar o convite para vir como madrinha da Beija-Flor, puxando o desfile, junto com a comissão de frente. Serei a grande guerreira que abre caminho para a escola passar — conta a atriz, cheia de orgulho da função.

Com enredo sobre cavalos, a agremiação trará a comissão de frente fantasiada de São Jorge.
— A escola tem esse perfil de luta, principalmente seus componente, e venho representando isso. E virei feliz, enlouquecida para celebrar esses 30 anos que meu coração ficou em Nilópolis.

Fonte: Extra