Lívia é mulher da alta sociedade, riquíssima, que só usa roupas de grife em tons pastéis e faz grandes eventos de moda beneficentes — mas só de fachada, porque tudo o que ela conseguiu foi através do tráfico de mulheres e fatura bilhões com isso. Esse perfil foi o que fez Claudia Raia aceitar o convite de Gloria Perez para a novela ‘Salve Jorge’, que estreia em outubro, às 21h, na Globo. “Eu ia entrar em ‘Guerra dos Sexos’, do Silvio de Abreu, depois me chamaram para ‘Gabriela’. Aí, Gloria me ligou e disse que tinha que ser eu. Antes de aceitar, conversei com o Silvio, que me liberou e depois com meus filhos: ‘Se vocês disserem que vai ser duro, porque, além da novela, vou estar fazendo ‘Cabaré’ em São Paulo, abro mão’. Os pequenos me deram o aval e aceitei”, conta a atriz.
"Lívia é uma mulher bege, minimalista. Usa joias ‘carézimas’ e está sempre chique. Estou me inspirando no estilo da Anna Wintour, editora-chefe da ‘Vogue’ francesa, e na Victoria Grayson, da série ‘Revenge’”, ela descreve. Claudia participou dos workshops sobre a realidade de quem trafica mulheres e conta: “Chorei um dia inteiro depois de ver as barbaridades que fazem. Eles escravizam, aliciam as jovens. A Lívia vai ser assim. Pra ela, tempo é dinheiro”. Ela espera despertar a ira dos telespectadores: “Espero que me odeiem. É um peso pela realidade, mas, como intérprete, tenho a obrigação de fazer o meu melhor”, explica.
Fonte: O Dia