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1 de novembro de 2011

Sessão de 'Cabaret' para convidados é inundada por programas de caça aos famosos




Em sessão voltada apenas para convidados, realizada nesta segunda, o musical Cabaret lotou o saguão do Teatro Procópio Ferreira de celebridades. O espaço pequeno tornou-se menor ainda com a presença de quatro equipes de programas de televisão que se dedicam a colocar famosos em saias-justas. Estavam lá câmeras e microfones do programa Custe o que Custar – CQC, da Band, do programa do colunista social Amaury Jr., do Pânico na TV e do TV Fama, da RedeTV!. Os entrevistados reagiram com risos e bom humor às tentativas dos repórteres de arrancar algum tipo de mal estar.

Também o palco do teatro ficou lotado, ao fim do espetáculo. Claudia Raia fez questão da presença de toda a equipe responsável pelo espetáculo que estreou na última sexta. Após apresentar os responsáveis pelo figurino, iluminação, cenário, a atriz disse: “É uma alegria poder vencer a batalha e conseguir fazer teatro musical no Brasil.”

Além de lutar contra as dificuldades financeiras e burocráticas, a atriz também pode comemorar a conquista de uma excelência vocal e artística inerente à sua interpretação de Sally Bowles, personagem eternizada no cinema por Liza Minelli, que lhe rendeu um Oscar em 1972 por atuação na adaptação do musical para o cinema. Com adaptação brasileira de Miguel Falabella e direção de José Possi Neto, o espetáculo é original de 1966 e foi escrito por Joe Masteroff. A história se passa no cabaré Kit Kat Club, em Berlim, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.

Em produção sofisticada, com figurinos luxuosos, Claudia Raia faz jus à fama de mulher superlativa. Suas pernas longuíssimas e personalidade igualmente expansiva crescem ainda mais no palco. Os movimentos precisos e limpos da coreografia ganham elegância quando a atriz mostra sua invejável elasticidade corporal. A veia cômica, presente até mesmo quando Claudia está fora do palco, também a faz crescer no palco e inspira risadas na plateia ao interpretar um papel essencialmente dramático.

Na estreia para o público, a atriz dedicou o espetáculo ao amigo Reynaldo Gianecchini. Era dele o papel do escritor americano Cliff Bradshaw por quem Sally, a carismática prostituta e dançarina de Cabaret, se apaixona. Gianecchini, porém, teve que abandonar o projeto após ser diagnosticado com um linfoma em agosto. A parte ficou então a cargo do ator Guilherme Magon.

Gianecchini não estava lá, aliás, para ser perseguido pelo Pânico ou pelo apresentador Amaury Jr. Sorte a dele. Os programas não deram sossego às celebridades presentes, mas é preciso dizer que aperto mesmo elas passaram na hora do intervalo, na fila do banheiro. A combinação teatro lotado mais poucos toaletes resultou em filas enormes. A atriz Gabriela Duarte, grávida de sete meses, foi para a fila preferencial, numa das cabines reservadas a pessoas com deficiência. Para distrair, bateu papo com a atriz Marisa Orth, também ansiosa para ir ao banheiro. Até mesmo a fila do toalete masculino estava grande. O ator Oscar Magrini perdeu as esperanças. “Vou dar uma seguradinha”, avisou, saindo de cena.
 
Fonte: VEJA